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Mantenha-se ALERTA para prevenção da DENGUE


São Paulo está entre os seis estados com possibilidade de aumento na incidência nos casos de dengue em 2025, segundo dados do InfoDengue. É o estado que registra o maior número do país, com 164.463 mil casos prováveis em 2025 até o momento, o que representa um aumento de aproximadamente 60% em relação ao ano passado. Esse aumento é preocupante devido maior presença do sorotipo 3, que não circulava no país há mais de 15 anos.

A dengue, presente no Brasil há cerca de quase quatro décadas, é um dos principais problemas de saúde pública no país, sobretudo com a cocirculação de Chikungunya e Zika, a partir de 2015. A doença é endêmica no Brasil, com a ocorrência de casos durante o ano todo e tem um padrão sazonal, coincidente com períodos quentes e chuvosos quando é observado o aumento do número de casos e um risco maior para epidemias.

Questões relacionados à infraestrutura urbana e social dos países geram condições ideais para a proliferação do mosquito transmissor da doença, como a concentração de pessoas nos espaços urbanos e a irregularidade ou ausência de serviços de saneamento. Aliadas a tais fatores estão ainda a maior movimentação territorial de pessoas, as alterações ambientais e climáticas, assim como as desigualdades sociais e raciais.

O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do Aedes aegypti, um mosquito que costuma picar durante o dia (no início da manhã ou no final da tarde) e se multiplica em locais onde tem água parada. Ele pode viver dentro das casas e ao redor destas, devido isso os cuidados precisam ser contínuos.  

Existem quatro tipos diferente desse vírus (DENV-1, 2, 3 e 4) e a infecção gera imunidade permanente - mas apenas contra um deles. Ou seja, é possível pegar dengue mais de uma vez. É uma doença que pode afetar crianças e adultos, mas pessoas com doenças crônicas, como diabetes e pressão alta, além de mulheres grávidas, crianças de até 2 anos e pessoas maiores de 65 anos têm maior risco de desenvolver complicações.

     


A maioria dos casos é assintomático, ou seja, não apresenta sintomas. No entanto, ao desenvolver os primeiros sintomas, é preciso buscar atendimento nos serviços de saúde para tratamento e acompanhamento adequado. Quando sintomática, está presente febre e outros sinais e sintomas.

Logo, todo pessoa que apresentar febre (39°C a 40°C) de início repentino e mais pelo menos dois dos seguintes sintomas - dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos – deve procurar imediatamente um serviço de saúde.
 


Após o período febril deve-se também ficar atento. Com a redução da febre (entre 3° e o 7° dia do início da doença), sinais de alarme podem estar presentes e marcar o início da piora no indivíduo. Esses sinais indicam saída de plasma (parte líquida do sangue) dos vasos sanguíneos e/ou hemorragias, sendo assim caracterizados:

 

  • Diminuição repentina da febre
  • Dor muito forte e continua na barriga
  • Vômitos frequentes
  • Sangramento de nariz e boca
  • Hemorragias importantes
  • Diminuição do volume de urina
  • Tontura quando muda de posição (deita/senta/levanta)
  • Dificuldade de respirar
  • Agitação ou muita sonolência
  • Suor frio

 

Na maioria dos casos, a atenção ao indivíduo necessita de cuidados mais simples; contudo, para uma melhor evolução é importante atendimento precoce, correta classificação da doença, reconhecimento oportuno dos sinais de alarme, tratamento e acompanhamento adequados, daí a importância de procurar um serviço de saúde.

Outras medidas importantes, individuais e coletivas, seriam ações de prevenção da doença, como por exemplo, a vacina contra dengue que entrou no Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) em fevereiro de 2024, para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, 11 meses e 29 dias. Na rede privada pode ser aplicada em pessoas de 4 a 60 anos de idade.

Apesar da vacina contra a doença ser de grande valor, o controle do vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção da dengue e também de outras doenças urbanas, transmitidas pelo mesmo mosquito. Medidas preventivas devem ser adotadas pela população, durante todo ano, tais como:

  • utilizar telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão; remover recipientes com água parada, onde o mosquito deposita os ovos e se reproduz, como bandejas de ar-condicionado, calhas, pratos de vasos de plantas; 
  • vedar reservatórios e caixas de água;
  • desentupir calhas, lajes e ralos; 
  • manter os ambientes livres de lixo e ter cuidado ao guardar materiais como garrafas, pneus, e até vasos sanitários sem uso; 
  • participar na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 
     
Publicado em 13/03/2025 às 14h38 e atualizado em 07/08/2025 às 17h02