A cidade de Assis, no interior de São Paulo, ganhou mais uma “Jornada de Estudos Jurídicos”. A quarta edição do evento aconteceu entre os dias 3 e 6 de setembro no auditório da Universidade Paulista, UNIP, e foi promovida pela Escola de Magistratura da 3ª Região (EMAG), sob a coordenação da juíza federal Elídia A. Andrade Corrêa, titular da 1ª Vara de Assis. O tema deste ano foi “O Judiciário e o combate à violência e criminalidade”.
Rapidez nas decisões, melhoria na educação, aspectos psiquiátricos da violência doméstica, políticas de prevenção à criminalidade, sistema prisional brasileiro e maioridade penal foram alguns dos assuntos discutidos.
Na abertura do evento, estiveram presentes a desembargadora federal Suzana de Camargo Gomes, vice-presidente do TRF3; o prefeito de Assis, Ezio Spera; o tenente-coronel Álvaro Dias da Cunha e o delegado seccional da região de Assis, José Carlos de Oliveira Júnior.
Em seu discurso, Suzana Camargo disse que o Judiciário deve ter celeridade nas suas decisões, “mas não pode esquecer que está tratando com vidas”. “A melhor forma de combater um crime é dar uma resposta rápida à sociedade. O juiz deve ter uma aplicação efetiva da norma, que atenda aos anseios sociais. Mas não pode julgar imaginando que só existem sombras, pois está lidando com vidas”.
O prefeito de Assis, Ezio Spera, lembrou que a questão da insegurança era anteriormente exclusiva dos grandes centros urbanos e agora transferiu-se para os pequenos municípios do interior. Para ele, é preciso investir em políticas de curto prazo que visam prevenir a sensação de insegurança e a propagação do medo. “A falta de segurança expulsa as empresas e aumenta o desemprego, favorecendo as condições para o crescimento da criminalidade”.
Crianças e adolescentes do coral da APAE de Assis fizeram uma apresentação no primeiro dia do evento, que contou com a participação de cerca de 400 pessoas, entre servidores da Justiça Federal, advogados, alunos de direito e algumas pessoas da comunidade (estudantes de outras áreas, donas-de-casa, pais de família, etc). Cada participante doou 5 kg de alimentos não perecíveis a serem distribuídos entre instituições escolhidas pela JF/Assis.
Segundo a juíza Elídia Corrêa, o evento foi, sobretudo, uma tentativa de debater sobre a pessoa humana. “Nossa intenção é levar essa discussão aos lares das pessoas que estiveram aqui e que todos passem isso adiante”. (VPA)




