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18/12/2007 - Palestra aborda os novos desafios da gestão pública

 Cerca de 60 servidores das áreas administrativas da Justiça Federal de São Paulo assistiram ontem (17/12) à palestra “Planejamento Estratégico e Gestão Pública”, com o doutor em sociologia Antônio Flávio Testa. Durante três horas, tratou de questões sobre as mudanças pelas quais passam a sociedade e as organizações institucionais. “A velocidade da mudança social é muito maior do que a velocidade da mudança da máquina pública” alertou o palestrante.

         Na opinião de Antônio Testa, o trabalhador público vive uma forte pressão da sociedade para que o serviço prestado seja compatível com as necessidades da vida moderna, e isso exige uma mudança de postura. “O trabalhador público atua no meio de uma roda viva que está em constante mudança”.

         Para ele, as instituições precisam adotar o planejamento estratégico como forma de continuidade dos projetos e integração entre os diversos órgãos que compõem a máquina pública. “Atualmente há uma transição das antigas estruturas de ‘ilhas’ para novas estruturas de ‘rede’, onde todos os órgãos estão interligados. Precisamos acabar com essa doença secular do Brasil que é a descontinuidade administrativa. O servidor público poderia ser muito melhor aproveitado em projetos de longo prazo”.

         Antônio Testa afirma que estamos passando por uma mudança radical de estrutura mecanicista (de comunicação e controle vertical, baseada na hierarquia e decisão centralizada) para uma estrutura orgânica (comunicação horizontal, com freqüente redefinição de tarefas e decisão descentralizada). Segundo ele, o planejamento organizacional e estratégico é que dá vida à organização.

         A nova mentalidade gerencial está baseada na democracia de massas, baseada em alianças de minorias e focada em diferentes necessidades individuais (equanimidade). “Na gestão estratégica as pessoas precisam estar comprometidas, a tecnologia tem de ser adequada e os ritos transformados”.

         Segundo o palestrante, as organizações atuais procuram trabalhadores quem tenham visão estratégica, do todo, e não focada num único ponto. “Planejar evita o desperdício e prepara a organização para o futuro. Nós vivemos a era da imprevisibilidade, estamos em plena ebulição. A sociedade exige melhores serviços”.

         Para avançar nesse sentido, Antônio Testa diz que é preciso convergir a missão da organização com o interesse profissional individual. “O grande desafio das instituições é obter o compromisso de todos em torno de um mesmo objetivo. Isto significa fazer política organizacional”.

         Em sua opinião, é preciso investir na comunicação humana dos servidores e melhorar sua auto-estima. “A boa comunicação ajuda a discernir, a má induz ao embotamento. O novo administrador público precisa ter maior responsabilidade, saber quais são os públicos para quem trabalha e quais são seus deveres”. (RAN)

Publicado em 29/01/2018 às 18h23 e atualizado em 25/11/2024 às 14h37