Nove pessoas tiveram, ontem (25/10), a prisão preventiva decretada na “Operação Persona”. Carlos Roberto Carnevalli, Moacyr Alvaro Sampaio, Fernando Machado Grecco, Hélio Benetti Pedreira, Marcelo Naoki Ikeda, Cid Guardia Filho, Ernani Bertino Maciel, Paulo Roberto Moreira e José Roberto Pernomian Rodrigues. A determinação é do juiz federal Alexandre Cassetari, da 4ª Vara Criminal.
As autoridades pediram a decretação da prisão preventiva, com o argumento da preservação da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal, de onze investigados, com manifestação favorável do Ministério Público Federal. O juiz acatou o argumento para os nove acima citados.
Gustavo Henrique Castellari Procópio (gerente de Operações e Finanças e sócio de fato da MUDE), e Reinaldo de Paiva Grillo (administrador da empresa WHAT’S UP BUSINESS) não se enquadram em nenhuma das hipóteses de prisão preventiva. “Embora haja provas indiciárias de suas participações nos ilícitos, não vislumbro possibilidade de que, com seus graus de comando e influência, isoladamente, caso soltos, continuem atuando na condução das empresas com as mesmas práticas ilícitas”, disse o juiz.
Os nove investigados seriam, em tese, os principais dirigentes do esquema de interposição fraudulenta, seja de forma direta, participando do quadro societário de empresas do Grupo, ou em controle indireto, bem como atuando em funções ligadas ao comércio exterior e parte financeira e contábil. “Pelos elementos apurados, há anos estas pessoas atuam na condução de seus negócios dessa mesma forma, com indícios fortes de práticas criminosas, sendo vital para a aferição de risco à ordem econômica o fato de que há indícios de que esses investigados já fizeram substituição das empresas de fachada após terem descoberto que eram alvo de outras investigações” diz a decisão judicial.
Alexandre Cassetari, em sua decisão, diz que, apesar de ainda “não termos provas inequívocas dos crimes praticados por esses representados, é inquestionável que, com o grau de influência e comando de cada um deles, há o risco de que, caso soltos, voltem a praticar ações idênticas em prejuízo à ordem econômica”. (VPA)