Para contribuir com o uso racional do dinheiro público e ajudar na preservação dos recursos naturais, a Justiça Federal em Itapeva/SP tem promovido diversas ações ligadas à economia de água e energia elétrica. Em 2016, a desembargadora federal Therezinha Cazerta, Corregedora-Regional do TRF3, realizou procedimento de Inspeção Administrativa de Avaliação no Fórum e determinou que as boas práticas utilizadas em Itapeva fossem divulgadas aos demais fóruns da Seção Judiciária de São Paulo e de Mato Grosso do Sul.
Energia Elétrica
Para a economia de energia elétrica, o Fórum adotou como medidas o desligamento parcial de lâmpadas/luminárias; aproveitamento da iluminação natural; realocação de pessoal para reduzir a ocupação de salas; e mudanças no horário de acionamento do ar-condicionado.
1- Iluminação - As áreas de espera e corredores do Fórum possuem luminárias com quatro lâmpadas pequenas cada uma. O Núcleo de Apoio Regional (NUAR) intercalou as luminárias acesas, garantindo uma iluminação satisfatória nesses locais e reduzindo consideravelmente o número de lâmpadas utilizadas.
No subsolo, onde estão as empresas terceirizadas e as salas de apoio ao Administrativo (almoxarifado, arquivo, depósito judicial), as luzes permanecem desligadas na maior parte do tempo, sendo acesas somente quando há movimento efetivo.
Foram mantidas acesas as luminárias instaladas sobre as estações de trabalho e desligadas as que ficam sobre a impressora e armários. Na sala do Núcleo de Apoio Regional, por exemplo, há 8 luminárias (32 lâmpadas) das quais metade fica desligada. Esse procedimento foi adotado nas Secretarias, Protocolo, etc., sempre com o cuidado de deixar o ambiente utilizado pelos servidores com a melhor iluminação possível para que não haja prejuízo à saúde do funcionário.
2- Realocação de Pessoal - Com a existência de salas amplas, alguns servidores foram realocados permitindo que determinadas salas permanecessem fechadas, diminuindo a utilização de ar-condicionado e iluminação.
3- Ar-Condicionado - A grande mudança feita em relação a esses equipamentos diz respeito ao momento em que são ligados. Como o acionamento do compressor do ar-condicionado funciona de modo similar ao motor de uma geladeira (só é acionado quando a temperatura se eleva) ao ser ligado em um horário mais cedo, a sala é refrigerada rapidamente e os equipamentos apenas mantém a temperatura durante o restante do dia, diminuindo o consumo (à época, foram feitos comparativos durante algumas semanas e o consumo mostrou-se menor com essa prática).
Economia de Água
A outra ação de economia refere-se ao reaproveitamento da água que sai dos aparelhos de ar-condicionado instalados no prédio. Em 2011, foi realizada a canalização dos drenos para direcionar a água que escoava dos aparelhos para duas caixas d’água de 250 litros. Em aproximadamente cinco dias as caixas ficam cheias, resultando no armazenamento de 500 litros de água para serem utilizados na limpeza do imóvel.
Com o reaproveitamento, as lavagens semanais e as limpezas diárias passaram a ser realizadas com água coletada, o que reduziu o consumo em cerca de 70%. A fatura de novembro de 2016 apresentou consumo de 26m³ e valor de R$ 270,00, baixo se considerada a área do prédio que é de 3200 m² (divididos em quatro pavimentos).
Conscientização
O diretor do Núcleo de Apoio Regional de Itapeva, Marcos Corrêa, destacou que a conscientização foi o fator mais importante para os resultados obtidos. Magistrados, servidores e colaboradores terceirizados entenderam a importância e a necessidade de tais mudanças, não somente por questões financeiras, mas principalmente pela sustentabilidade. (JSM/MRC)
Fotos: NUAR

