Em continuação ao evento de inauguração do Laboratório de Inovação da Justiça Federal da 3ª Região - iJuspLab, foi realizada na terça-feira (13/6), uma conferência sobre inovação ministrada por Álvaro Gregório e Roberto Agune, responsáveis pelo projeto pioneiro iGovSP (laboratório de inovação do Governo do estado de São Paulo).

O evento aconteceu no auditório do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) e foi transmitido por videoconferência para as Subseções Judiciárias do estado.

Durante sua apresentação, Roberto Agune falou sobre a aplicação da cultura da inovação no dia a dia e a necessidade da colaboração de todos na busca pela solução dos problemas.

 “A importância do laboratório é fundamental. Ele é um espaço onde as pessoas podem se reunir e compartilhar experiências. Porque, no fundo, inovar é resolver problemas”, declarou Agune.

Ele destacou também a necessidade da colaboração para uma solução eficiente. “Não existe problema simples, todos são de natureza complexa. Para resolver, você precisa ter vários olhares, cada um enxergar uma parte do problema, porque a solução abrange vários lados”, afirmou.

Álvaro Gregório, em sua explanação, falou da expectativa de funcionamento do laboratório como um local de experimentação, proporcionando oportunidades de contato com novas ferramentas, de um novo modelo mental, uma nova estrutura e um novo viés de enxergar os problemas em uma visão multidisciplinar.

“É muito importante que esse laboratório opere em inovação aberta, que é quando eu trago o que está lá fora aqui para dentro. Será possível fazer testes envolvendo o cidadão, gente da área acadêmica, antropólogos, sociólogos, pessoas que podem colaborar para a solução dos problemas”, afirmou Álvaro Gregório.

Segundo a juíza federal Luciana Ortiz Zanoni, vice-diretora do Foro e incentivadora do projeto, a expectativa é de que servidores e juízes passem a repensar o serviço prestado, questionando e estando dispostos a aprender uma sistemática de inovação.

“Eu não tenho dúvida de que essa nova metodologia vai nos auxiliar fortemente no aprimoramento dos nossos serviços, proporcionando uma visão abrangente, compreendendo como pensa e sente, e as expectativas dos nossos usuários”, afirmou a magistrada.

O juiz federal e diretor do Foro, Paulo Cezar Neves Junior, avaliou positivamente a quantidade de servidores que assistiram à conferência.  “Essa participação expressiva nos dá muita esperança, porque o projeto só vai adiante com o engajamento de todos. E ele tem em sua essência a inteligência coletiva, o reconhecimento de que as experiências de cada um são na verdade combustível para o funcionamento do laboratório”.

Ainda na terça-feira, foi dado início ao treinamento destinado à capacitação em “design thinking”, que é uma abordagem que busca a solução de problemas de forma coletiva e colaborativa. Após o curso, os participantes estarão aptos para agirem como multiplicadores da ferramenta.

O iJuspLab funciona no 2º subsolo do Fórum Federal Cível, localizado na Avenida Paulista, 1682. Trata-se do primeiro laboratório de inovação no Poder Judiciário brasileiro, com um espaço de participação democrática, em que juízes, servidores, operadores de direito e usuários da Justiça podem desenvolver e compartilhar experiências inovadoras, voltadas para a melhoria da gestão pública e aprimoramento dos serviços prestados à população. (KS)

Fotos: Kátia Serafim e Fernando Colete