Iniciada em outubro de 2016, a Justiça Federal em São Paulo já transferiu boa parte de seus processos arquivados para a empresa que venceu a última licitação, a Recall do Brasil, localizada no município de Jundiaí/SP. As ações que estavam na sede da empresa anterior, cujo contrato se encerrou no final do ano passado, já foram transferidas para o novo arquivo. No momento estão sendo trazidas para Jundiaí as ações arquivadas nas subseções do interior, litoral e Grande São Paulo e as que se encontram na unidade administrativa da Presidente Wilson, na capital.
O diretor do Núcleo de Arquivo e Depósito Judicial (NUDJ), Tadeu Romano de Godoy, ressalta que a transferência abrange mais de seis milhões de processos judiciais. “O prazo total entre o início e o fim da mudança de todo o acervo é de seis meses, de acordo com o cronograma estabelecido. O volume de trabalho é muito grande e, por isso, estamos utilizando até sete caminhões-baú por dia para o transporte dos processos”, afirma.
De acordo com o diretor do NUDJ, os processos remetidos ao arquivo estão sendo retirados pela nova empresa diretamente do balcão da secretaria, sem a necessidade de encaminhá-los às áreas administrativas antes do envio à terceirizada. Essa mudança está proporcionando agilidade ao trabalho, pois os processos ficam aptos a serem desarquivados com até duas semanas de antecedência.
Já em relação aos procedimentos adotados nas varas, houve poucas alterações. “Os servidores precisam apenas realizar uma nova rotina para informar a empresa que existe um processo disponível para ser arquivado, a fim de que ele seja retirado”, explica Tadeu Godoy.
Outro cuidado que tem sido tomado durante a transferência do acervo refere-se à proteção das informações dos processos, estejam eles sob sigilo ou não. “Após serem carregados, os caminhões saem lacrados de seu local de origem. Quando chegam em Jundiaí, um servidor da Justiça Federal compara o número do lacre e, somente após a conferência, o caminhão é aberto, garantindo que nenhum processo tenha sido manuseado durante o percurso”, pontua Tadeu. (JSM)
Fotos: Jefferson Messias


